Exercício e sua relação com o Equilíbrio Metabólico
- Vinicius Concon RIsso
- 7 de mai. de 2017
- 2 min de leitura
O exercício físico possui um papel importante na regulação hormonal e consequentemente no equilíbrio fisiológico. Existem duas principais características de treinamento, conhecidas como Endurance (famoso aeróbio) e treinamento de força (famosa musculação), em seguida falaremos sobre as adaptações hormonais relacionadas a ambas, mas antes segue um breve resumo do papel dos principais hormônios envolvidos: - Insulina: Hormônio anabólico responsável pela captação da glicóse sanguínea para dentro da célula muscular - Leptina: Hormônio, liberado pelo tecido adiposo, responsável pelo controle do balanço energético gerando a sensação de saciedade Adaptações hormonais frente ao treinamento: - Melhor captação da glicose independente da insulina através do cálcio (ativando o Glut-4) liberado em decorrência da contração muscular – melhora do controle glicêmico (importante para indivíduos que possuem resistência à insulina ou diabetes). - Diminuição do processo inflamatório crônico (fato comum em indivíduos obesos em decorrência da elevada quantidade de tecido adiposo) através da secreção de interleucinas (IL-6 e IL-10) que inibem a ação de citocinas pró-inflamatórias como o fator de necrose tumoral alfa (TNF-a). - Aumento da lipólise (quebra da gordura - liberação dos ácidos graxos pelo tecido adiposo para posterior utilização como fonte de energia pelo músculo), principalmente pelo aumento nas concentrações de adrenalina, noradrenalina e diminuição das concentrações de insulina. - Ativação da AMPK (por sensor de falta de energia dentro da musculatura – relação AMP/ATP e creatina/fosfocreatina) – aumento da translocação de Glut-4 para membrana da célula e consequente aumento da captação da glicose para dentro da musculatura, sendo mais um componente importante para o controle glicêmico. - Mais especificamente para o treinamento de força: aumento nas concentrações do hormônio do crescimento (GH), testosterona e do fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1), que por sinal são hormônios que ajudam no equilíbrio e na sensibilidade da insulina e leptina, aumento da lipólise e da síntese de proteínas contráteis (hipertrofia) e na regulação da glicemia. É bem estabelecido que o exercício físico modula as concentrações plasmáticas de diversos hormônios, como a insulina e a leptina, exercendo assim papel fundamental no equilíbrio endócrino.

Comentarios