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Emagrecimento e Exercício - Parte 1: Metas palpáveis, avaliação e monitoramento do processo de Emagr

  • Vinicius Concon RIsso
  • 12 de jun. de 2017
  • 3 min de leitura

Devido a preocupação quanto ao cenário mundial da Obesidade e por ser um objetivo da maioria dos praticantes de exercício físico, decidimos falar sobre o Emagrecimento. Esse será o primeiro de uma série de 3 posts que faremos sobre a relação do Emagrecimento com o Exercício Físico. Em 1999, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já considerava a obesidade como uma doença multifatorial, decorrente de fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais (OMS, 1999), sendo o exercício físico um componente importante, e não uma intervenção isoladamente milagrosa, dentro do processo de emagrecimento. Uma importante revisão de literatura mostrou que, se o indivíduo perder intencionalmente 10% da sua massa corporal total (kg) e manter esse resultado por pelo menos um ano, ele terá atingido o emagrecimento de sucesso (Wing and Phelan., 2005). São 3 fatores importantes nessa recomendação, intencionalidade, 10% de redução e 1 ano de manutenção. Vale ressaltar a importância da intencionalidade do indivíduo, tendo em vista que as chances de se obter sucesso sem a intenção são muito baixas (não basta os outros quererem!!!), afinal o processo é desafiador. Quanto aos 10% de redução, alguns estudos mostraram que indivíduos que atingiram esse resultado apresentaram diminuição significativa no risco de desenvolver doenças cardiometabólicas crônicas (diabetes, hipertensão, etc) ou mostraram melhora do quadro, mesmo ainda estando na classificação de Obesidade. Sobre a manutenção, a probabilidade do indivíduo voltar a ter a mesma massa corporal do início do processo é grande, caso ele não tenha consistência nos resultados por pelo menos 1 ano. Antes de se completar a manutenção por 1 ano, não pode-se afirmar que houve sucesso no processo de emagrecimento. Caso atinja 2 anos, as chances de voltar a engordar diminuem em 50% (Wing and Hill., 2001). É importante salientar a relevância da realização de uma avaliação de composição corporal com um profissional de educação física ou nutrição, para fracionar a massa total (kg) em massa de gordura e massa magra, tendo uma visão mais confiável do processo, lembrando que emagrecer é perder gordura, e não apenas massa corporal total (kg) na balança. Além da composição corporal, é de suma importância avaliar a distribuição de gordura corporal, pois a gordura localizada na região central do corpo (gordura visceral) tem estreita associação com disfunções metabólicas e cardiovasculares (Vissers et al., 2013), independentemente da quantidade total de gordura corporal (Despres, J. P. et al, 1990). A forma mais prática e confiável de avaliar a distribuição de gordura é a relação cintura/altura (Ashwell et al., 2012), sendo a circunferência da cintura (realizada 2,5cm acima do umbigo ou na menor circunferência da cintura) e a altura em centímetros. Caso o resultado fique menor do que 0,5 o risco é baixo, caso fique entre 0,5 e 0,6 é moderado e acima de 0,6 elevado. Consulte um profissional para melhor avaliá-lo, e monitore essa avaliação durante o processo. No próximo post vamos escrever sobre os componentes do gasto energético diário e os benefícios do treinamento de Força e de Resistência para o processo de emagrecimento. Aplicações Práticas - Para um resultado crônico, eficiente e saudável procure ajuda profissional de diferentes áreas: Profissional de Educação Física, Nutricionista e Psicólogo, as chances de sucesso serão maiores. - Faça avaliação física com um profissional qualificado. - A perda de 10% da massa corporal total e sua manutenção por 1 ano representa diminuição significativa dos riscos de desenvolver doenças crônicas e/ou, caso já tenha alguma, melhora considerável do quadro. - Avalie e monitore a circunferência da Cintura, lembre-se que a distribuição de gordura é tão importante quanto a quantidade total de gordura corporal. Referências WING, R Rena; PHELAN Suzanne. Long-term weight loss maintenance. The american journal of clinical WINnutrition, 2005;82(suppl):222S–5S. WING, R Rena; HILL O James. Successful weight loss maintenance. Annu. Rev. Nutr. 2001. 21:323–41 MOREIRA Alexandre et al. Obesidade e Exercício. Livro Cref4/SP, 2016. Vissers D, Hens W, Taeymans J, Baeyens J-P, Poortmans J, et al. (2013) The Effect of Exercise on Visceral Adipose Tissue in Overweight Adults: A Systematic Review and Meta-Analysis. PLoS ONE 8(2): e56415. doi:10.1371/journal.pone.0056415 Ashwell M, Gunn P, Gibson S. Waist-to-height ratio is a better screening tool than waist circumference and BMI for adult cardiometabolic risk factors: systematic review and meta-analysis. Obes Rev. 2012 Mar;13(3):275-86.

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